A agricultura continua a constituir o principal pilar da economia de Moçambique, contribuindo com mais de um quarto do seu PIB e empregando 80 por cento da sua força de trabalho. A esmagadora maioria dos produtores são agricultores de subsistência. A insegurança alimentar crónica é exacerbada pelos choques climáticos e desastres naturais, tais como inundações, secas e ciclones.
O país dispõe de um vasto potencial para eventualmente se tornar um grande produtor alimentar na África Austral. Apenas 16% das terras adequadas para a agricultura são actualmente cultivadas, e a sua localização geográfica entre países sem litoral e portos marítimos aumenta o seu potencial para desempenhar um papel na segurança alimentar regional e nos mercados internacionais. Melhorar a produtividade agrícola e garantir o acesso aos alimentos constituem neste momento prioridades máximas para os dirigentes do país.
Através do programa Feed the Future, a USAID presta assistência a milhares de famílias vulneráveis na melhoria da sua segurança alimentar, adoptando tecnologias agrícolas mais produtivas, melhorando a nutrição e a saúde, e ligando os agricultores aos mercados. O país é o segundo maior exportador formal de alimentos da região da África Austral e poderá progredir no sentido de obter um excedente comercial se a regulamentação e as práticas agrícolas melhorarem. A sua localização estratégica e os seus corredores comerciais tornam o país um actor-chave na segurança alimentar regional e global.
Como forma de obter um maior impacto, concentramos os esforços agrícolas e nutricionais nas províncias da Zambézia e Nampula com base nas necessidades, potencial de impacto e oportunidades para alavancar outros investimentos públicos e privados. Estas províncias também contêm ou são adjacentes aos três principais corredores comerciais do país. Em conjunto, as províncias acolhem 44% da população pobre do país, 43% das crianças menores de 5 anos de idade com desnutrição crónica, e 51% das crianças com peso inferior ao normal para crianças menores de 5 anos de idade (370.000). Os investimentos concentrar-se-ão nas cadeias de valor das oleaginosas, caju e fruta, devido aos rendimentos e benefícios nutricionais que oferecem.
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