UMA FIGURA VITAL NA LUTA CONTRA A COVID -19

Felisberto Armando nunca imaginou que a sua rotina diária de gestão das instalações do hospital regional em Monapo, Moçambique, o levaria a tornar-se uma figura vital na luta contra a COVID-19. Graças à formação que recebeu da USAID e à fábrica de oxigénio doada pelos EUA ao hospital, desempenha agora um papel importante no salvamento de vidas.

Felisberto chega cedo ao trabalho e inspecciona todo o equipamento de cada ala. Em seguida, verifica a nova e sofisticada fábrica de oxigénio do hospital. Sozinho, dispõe dos conhecimentos necessários para o funcionamento da fábrica e do trabalho físico necessário para encher diariamente dez grandes garrafas de oxigénio.  

Desde muito cedo, Felisberto mostrou-se fascinado pela electronica, consertando frequentemente pequenos aparelhos com facilidade. Mudou-se de uma aldeia rural para Monapo, onde se tornou um dos 10% de moçambicanos que completam o ensino secundário. Depois de se formar, trabalhou como operário na construção do novo hospital regional. Foi notado pela sua ética de trabalho árduo e foi-lhe oferecido um cargo permanente na equipa de manutenção do hospital.

O equipamento de esterilização do hospital avariava com frequência. Os doentes tinham frequentemente de sair de Monapo para as cirurgias porque o hospital não tinha meios para esterilizar os instrumentos. Felisberto provou o seu valor ao desmontar a máquina, compreender o seu funcionamento e pô-la novamente operacional. Quando a salinidade corroeu as bombas de água do hospital, Felisberto remodelou-as. Limpou filtros de ar condicionado, desentupiu aspiradores, apertou os parafusos das camas.  

REFORÇO DO ECOSSISTEMA DE OXIGÉNIO

Em 2021, quando a COVID-19 eclodiu, os médicos descobriram que o oxigénio fazia toda a diferença para manter os doentes vivos. O reforço do ecossistema de oxigénio tornou-se uma das principais prioridades do Ministério da Saúde. A USAID contribuiu com duas plantas de oxigénio de alta capacidade, oito plantas de oxigénio líquido, 300 concentradores de oxigénio e 1.100 cilindros de oxigénio para apoiar Moçambique. A USAID também financiou assistência técnica que apoiou os profissionais de saúde.

O Ministério da Saúde escolheu desenvolver uma fábrica de oxigénio de alta capacidade em Monapo devido à sua localização central.  De repente, Felisberto viu-se perante um enorme desafio, muito para além de uma bomba enferrujada ou de um aspirador entupido. A USAID enviou-o posteriormente para Maputo, onde aprendeu a operar a maquinaria sofisticada da fábrica de oxigénio. Felisberto afirmou: 

“[Agradeço] muito à USAID... sabemos muito bem que sem oxigénio não há vida. Os pacientes precisavam muito deste precioso oxigénio, porque antes de recebermos este equipamento sofríamos muito.”

Ao trabalhar incansavelmente para manter o fluxo de oxigénio, Felisberto tornou-se mais do que um simples técnico do hospital - é um herói para a sua comunidade, um trabalhador fundamental na luta contra a COVID-19 e um símbolo de esperança para o futuro.